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sábado, 29 de janeiro de 2011

Fontes de pesquisa: Na postagem com o título "Literatura revisão geral" faltou a fonte de pesquisa.
Literatura- Beth Griff
Português: Lingua, Literatura e Produção de Texto: Maria Luiz Abaurre/Marcela Nogueira Pontara/Tatiana Fadel
Português: Maia
LITERATURA
REVISÃO GERAL
(O que aconteceu antes do Movimento Modernista?)

Período – Séc. XII ao XV
            O trovadorismo representa o início da atividade literária em língua portuguesa. A Ribeirinha de Paio Soares de Taveirós é o primeiro registro de composição literária portuguesa.
            Nessa época, foram produzidas cantigas (de amor, de amigo e de escárnio ou maldizer) e novelas de cavalaria.
Características principais
Ø  Predominância da arte poética (dos trovadores), ou seja, escreveu-se mais em verso que em prosa.
Ø  Presença do ambiente campestre.
Ø  Lirismo amoroso.
Ø  Remissão a aspectos da vida na Corte, onde se encontravam os nobres.
Ø  Presença constante do aspecto religioso.
Ø  Teocentrismo (Deus como centro do universo).
Ø  Lamento de amores impossíveis ou perdidos.
Ø  Refrões (repetição de um ou mais versos ao final de cada estrofe.
Ø  Atos heróicos dos cavaleiros (novelas de cavalaria).
Humanismo
            O Humanismo é basicamente um período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, entre o teocentrismo e o antropocentrismo (o homem como centro do universo). É a época dos grandes descobrimentos marítimos. A pirâmide social da era Medieval, já não existe mais (essa pirâmide era formada pelos Nobres / Clero / e Povo), graças ao surgimento de uma nova classe social: a Burguesia, cujo nome se origina da palavra burgos que quer dizer cidade.
            O humanismo foi um movimento ideológico de transição que modificou o pensamento medieval, preparando-o para a vinda do renascimento.
            Na cultura, esse processo de mudanças também tem efeitos culturais, pois o homem passa a se encarar como ser humano, e não mais como a imagem de Deus.
            Todas as Artes passam a expressar novas partículas que apareceram com essa nova visão, as pinturas os poemas e as músicas da época, por exemplo, tornam-se mais humanas, passam a retratar mais o ser humano em sua formação.
Características principais
Ø  Surgimento do teatro português, com Gil Vicente.
Ø  A poesia separa-se da música, embora coexistam as cantigas.
Ø  Maior interesse pelo ser humano e questionamento de suas atitudes.
Ø  Presença de um espírito mais crítico.
Ø  Importância à historiografia (arte de registrar acontecimentos históricos através da escrita).
Ø  Valorização dos escritos que encerrassem ensinamentos (prosa doutrinária).
Principais autores e obras
Ø  Gil Vicente: Trilogia das barcas; Farsa de Inês Pereira; Auto da visitação ou Monólogo do vaqueiro etc.
Ø  Fernão Lopes: Crônica Del-rei D. Pedro e outras.
Classicismo
            Tendo suas sementes no Humanismo, o Classicismo representou uma reação aos valores da Idade Média. O homem passa a ser o principal centro de interesse, e o saber emanado da cultura Greco-latina é valorizado e ressuscitado.
            Encantado com os sucessos exploratórios e materiais, o homem volta-se mais para os acontecimentos terrenos, deixando de lado o conceito divinizante anterior. O que importa é descobrir e conquistar o mundo e não buscar o caminho para o céu (entre as descobertas inclui-se a do Brasil).
Foi um século de muita agitação no campo da cultura, da política e da religião.            A Igreja Católica encontra-se em crise em função das idéias protestantes da Reforma.
Características principais
Ø  Culto da beleza e da perfeição formal.
Ø  Paganismo, com utilização da mitologia Greco-latina.
Ø  Clareza e objetividade.
Ø  Correção gramatical e uso da ordem inversa.
Ø  Racionalismo (sentimentos e emoção controlados pela razão).
Ø  Valorização da épica (feitos dos heróis contados em verso).
Ø  Universalidade (a obra deve valer para todos e não estar voltada a problemas pessoais do autor).
Ø  Imitação dos clássicos Greco-latinos, considerados como modelo de perfeição.
Ø  Personificação (elementos como Amor, Sorte, Vida e outros, dependendo do conteúdo do texto, aparecem com letra maiúscula, pois são tomados como conceitos universais).
Principais autores e obras
Ø  Luís Vaz de Camões: Rimas (obra lírica); Os lusíadas (poema épico); El-rei Seleuco, Auto de Filodemo e Anfitriões (teatro).
Ø  Sá de Miranda: escreveu poesia clássica e trovas, sobretudo. Teatro: Os estrangeiros e outras.
Ø  Bernardim Ribeiro: Menina e moça.

BRASIL
Literatura informativa sobre o Brasil e Literatura Jesuítica
            Até aqui o que vimos foi Literatura Portuguesa, pois, O Brasil só entrou na história a partir de 1500. A Literatura Informativa engloba tudo o que cronistas e viajantes registraram sobre o Brasil no século XVI, logo após sua descoberta pelos portugueses. É dessa época a Carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Cabral, relatando ao rei D. Manuel tudo o que aconteceu e o que viu. A Literatura Jesuítica, tendo como principal representante José de Anchieta, é a literatura de catequese, pois através da poesia e do teatro, passavam-se aos índios valores e crenças do homem branco europeu.
BARROCO
            O Barroco é a literatura do conflito e dos extremos, isto em função das diferentes visões de mundo advindas da Idade Média (teocentrismo) e da Idade Moderna (antropocentrismo). A Igreja Católica, preocupada com as idéias da Reforma protestante, inicia a Contra-Reforma. A própria corrupção da Igreja Católica, com a ambição dsmedida de seus representantes, e os grandes avanços verificados no campo do conhecimento humano levaram o homem a valorizar-se mais e a concluir que tinha autonomia, questionando o discurso da Igreja: Que Deus era aquele que determinava a existência a existência de escravos e senhores, ricos e pobres, exploradores? Que Deus era aquele que cobrava impostos e absolvia em troco de um pedaço de terra? Que Deus era aquele que condenava o prazer e só sabia castigar?
            Se por um lado essa mudança de atitude levou a progressos, pois o homem percebeu que deveria agir, lutar por si mesmo, e não ficar esperando as coisas “caírem do céu”, por outro, levou a uma incerteza quanto à realidade, pois ficou uma grande dúvida no ar: Deve-se, afinal, viver em função do terreno ou do divino? E se eu viver em função do terreno e a Igreja tiver razão? E se realmente não existir o pecado? Toda essa situação levará as atitudes contraditórias e questionadoras, que se revelarão na arte da época.
Características principais
Ø  Sentimento de insegurança, evidenciado pela presença de muitos questionamentos e contradições.
Ø  Uso de antítese, figura que, por jogar com idéias opostas, configura o estado de espírito reinante no momento.
Ø  Presença de paradoxos, já que o próprio mundo e a existência humana se apresentavam como algo contraditório e absurdo.
Ø  Pessimismo, em função da ausência de um meio-termo para unir o céu e a terra.
Ø  Preocupação com a morte: medo de ir para o inferno ou de descobrir, depois de morrer, que o pecado não existia.
Ø  Jogo de palavras, trocadilhos, sobretudo na poesia.
Ø  Busca da essência das coisas através de sua análise.
Ø  Linguagem rebuscada.
Ø  Ordem inversa na construção das frases.
Ø  Tentativa de conciliar matéria e espírito.
Ø  Presença de motivos religiosos.


Principais autores e obras
Portugal:
Ø  Padre Antônio Vieira: Sermões.
Ø  Padre Manoel Bernardes: A nova floresta.
Brasil
Ø  Bento Teixeira: Prosopopéia.
Ø  Gregório de Matos (o “Boca do Inferno”): poesias líricas, sacras e satíricas.
Ø  Padre Antônio Vieira: sermão de Santo Antônio ou Sermão aos peixes.
Ø  Manuel Botelho de Oliveira: Música do Parnaso.
Arcadismo ou neoclassicismo
            Arcádia era, na mitologia, um monte grego onde se reuniam pastores.
O Arcadismo começa em Portugal com a fundação da Arcádia Lusitana e, no Brasil, com a publicação de Obras, de Cláudio Manuel da Costa.
A doutrina iluminista guia o pensamento no século XVIII, o Século das Luzes: exaltação da razão, único meio de se chegar à verdade; da liberdade individual, econômica e da igualdade perante a lei.
            Com a supremacia da razão, Deus aparece representando a Suprema Inteligência, dando-se a conhecer através da natureza, cujas leis regeriam tudo o que existe (teoria mecanicista), sem necessidade de orações e outras cerimônias religiosas.
            Contrariando os princípios da Idade Média, prega-se a igualdade entre os homens, cada um com liberdade de lutar para obter o que deseja. Na verdade, é uma reação aos abusos do clero e da nobreza.
Características principais
Ø  Preocupação com a forma.
Ø  Presença da mitologia Greco-latina.
Ø  Simplicidade, substituindo o luxo da vida nas cidades.
Ø  Temas pastoris e campestres (os poetas se comportam como pastores).
Ø  A arte como imitação da natureza (acompanhando a teoria mecaninista).
Ø  Predomínio da poesia.
Ø  Racionalismo.
Ø  Volta ao estilo clássico.
Ø  Objetividade.
Ø  Excesso de adjetivos.
Ø  Paixões controladas, já que a razão deveria prevalecer.
Ø  Fuga do ambiente urbano, busca da natureza e culto ao homem simples.
Ø  Personificação.
Ø  Uso de pseudônimo pelos poetas.
Principais autores e obras
Portugal:
Ø  Manuel Maria Barbosa Du Bocage: Rimas.


Brasil
Ø  Tomás Antônio Gonzaga: Liras (contém Marília de Dirceu); Cartas chilenas.
Ø  Cláudio Manuel da Costa: Obras poéticas
Ø  Silva Alvarenga: Glaura.
Ø  Basílio da Gama: O Uraguai.
Ø  Santa Rita Durão: Caramuru.
ROMANTISMO
            No Romantismo liberam-se os sentimentos, a valorização do “eu”, o império da emoção. Para o romântico, a realidade presente passa a configurar uma perda de valores, a degradação da sociedade e a anulação do indivíduo.
O Romantismo é dividido em três gerações:
Ø  1ª geração: nacionalista. Destacam-se no Brasil: Gonçalves Dias, José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo.
Ø  2ª geração: byonista ou do “ml do século”. Destacam-se no Brasil: Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e outros.
Ø  3ª geração: social. Seu principal representante na poesia foi Castro Alves.
Características principais
Ø  Liberdade de expressão.
Ø  Uso da imaginação.
Ø  Na Europa, reaparecem os motivos medievais.
Ø  Volta ao passado, com a valorização da terra, de seus heróis, da natureza, ou da infância.
Ø  Subjetivismo, com valorização do “eu”.
Ø  Fuga da realidade, evasão, escapismo. Daí o romântico ser considerado um sonhador.
Ø  Natureza como reflexo do estado de espírito do artista.
Ø  Aversão ao purismo e formalismo clássico e neoclássico. Consequentemente, o conteúdo passa a ter mais importância que a forma.
Ø  Visão da morte como solução para os problemas humanos.
Ø  Amores impossíveis, musas inatingíveis, sonhos irrealizáveis.
Ø  Valorização do índio, no Brasil.
Ø  Em alguns casos, revalorização do místico e do religioso.
Ø  Espírito revolucionário, almejando reformas na estrutura da sociedade.
Principais autores e obras
Portugal:
Ø  Almeida Garrett: Camões (poesia); Viagens na minha terra (prosa); Frei Luís de Sousa (teatro).
Ø  Alexandre Herculano: “A cruz mutilada” (poesia); Eurico, o presbítero; O bobo (prosa).
Ø  Camilo Castelo Branco: Amor de perdição; A queda de um anjo.

Brasil:
Ø  Gonçalves de Magalhães: Suspiros poéticos e saudades.
Ø  Gonçalves Dias: Primeiros cantos; Os timbiras.
Ø  Joaquim Manuel de Macedo: A Moreninha; A luneta mágica.
Ø  Manuel Antônio de Almeida: Memórias de um Sargento de Milícias.
Ø  José de Alencar: Iracema, O guarani (indianistas); O gaúcho (regionalista); Senhora, Diva, Cinco minutos (sociais ou urbanos); As minas de prata, A guerra dos mascates (históricos).
Ø  Bernardo Guimarães: A escrava Isaura, O seminarista.
Ø  Alfredo d´Escragnole Taunay: Inocência.
Ø  Franklin Távora: O Cabeleira.
Ø  Álvares de Azevedo: Lira dos vinte anos; A noite na taverna.
Ø  Castro Alves: Os escravos; Espumas flutuantes.
Ø  Martins Pena: O juiz de paz na roça (teatro).
REALISMO/NATURALISMO
            Com o avanço do capitalismo, começam a surgir diferenças sociais gritantes, entre as quais sobressai o aparecimento do proletariado.  Se a maior parte dos românticos se limitou a lastimar a condição humana nessa sociedade que se encaminhava cada vez mais para a exploração do homem pelo homem, o realista vai “dissecar” esse mesmo quadro, ponto à mostra a chaga da corrupção social, sobretudo em duas instituições: a Família e a Igreja.
            O progresso das ciências produzirá no homem um espírito de análise, de predomínio da razão sobre a emoção. É esse tipo de trabalho que encontramos nos romances dessa época, com exceção de Machado de Assis, a quem importava mais o comportamento, a psicologia das personagens.
            O que caracteriza o Realismo é a contemporaneidade da obra, pois, diferentemente dos românticos em geral, importava a realidade presente e não a idealizada.
            O naturalismo foi uma corrente mais voltada ao cientificismo; o homem é colocado na condição de animal sujeito à influência do meio social e passível de ser estudado cientificamente.
Características principais
Ø  Crítica ao homem e à sociedade.
Ø  Ânsia de explicar tudo cientificamente.
Ø  Surgimento do romance social, psicólogo e de tese.
Ø  Narração de fatos partindo da observação.
Ø  Presença da sexualidade nas obras.
Ø  Objetivismo.
Ø  Ao contrário dos românticos, autor e obra procuram ser contemporâneos, isto é, não se pode partir d experimentação com algo distante de nós.
Ø  Determinismo com relação à atitude das personagens (nem tudo depende de sua vontade, pode haver imposição do meio, da hereditariedade etc.).
Ø  O homem e os outros elementos da natureza são vistos como sujeitos às mesmas leis de evolução.
Ø  Racionalismo.
Ø  Linguagem simples e abundância de descrições, para que o leitor possa ter a imagem o mais próxima possível.
Ø  O homem encarado como produto da raça, do meio e do ambiente.
Ø  As personagens são, em geral, seres que encontramos no mundo real; aparece a linguagem de baixo calão, os vícios humanos etc.
Ø  Preferência por enredos que envolvam ambientes sociais em desequilíbrio.
Principais autores e obras
Portugal
Ø  Eça de Queirós: O crime do padre Amaro; O primo Basílio; O Mandarim.
Ø  Antero de Quental: Odes modernas.
Brasil
Ø  Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas; Quincas Borba; Dom Casmurro; Iaiá Garcia; A mão e a luva.
Ø  Aluísio Azevedo: O cortiço; O mulato; Casa de pensão.
Ø  Raul Pompéia: O Ateneu.
PARNASIANISMO
O Parnasianismo foi uma corrente poética contemporânea ao Realismo.
Características principais:
Ø  Lema: “Arte pela arte”. A arte deveria construir um fim em si mesma, não ser reflexo dos sentimentos do artista ou representar preocupações com problemas sociais.
Ø  Retorno ao Classicismo, só que dando mais importância à descrição que à análise.
Ø  Rigidez formal.
Ø  Objetividade.
Ø  Preferência pelos sonetos, só que ao verso alexandrino (doze sílabas) e não só decassílabo (dez sílabas) como os clássicos.
Ø  Poesia mais preocupada com a técnica, com a forma.
Ø  Impessoalidade.
Ø  Purismo.
Ø  Vocabulário erudito.
Ø  Exotismo.
Principais autores e obras
Ø  Alberto de Oliveira: Meridionais; Versos e rimas.
Ø  Olavo Bilac: Via Láctea; Panóplias; Sarças de Fogo.
Ø  Raimundo Correia: Primeiros sonhos; Aleluias; Sinfonias.
SIMBOLISMO
            O Simbolismo representa uma volta ao subjetivismo romântico, mas de um modo mais profundo, buscando captar os fenômenos da mente, independente da lógica das palavras.
Características principais
Ø  Predominância da emoção.
Ø  O objeto deve estar subentendido, não dito claramente – daí o “símbolo”.
Ø  Musicalidade (através de aliterações, assonâncias e outras figuras d estilo).
Ø  Cores.
Ø  Presença de motivos religiosos, a poesia representaria uma espécie de ritual.
Ø  Sonho e imaginação.
Ø  Espiritualismo.
Ø  Subjetividade.
Ø  Culto da forma, com influências parnasianas.
PRÉ MODERNISM
Momento histórico
            Situamos o Pré-Modernismo nas duas primeiras décadas do século XX, com o Brasil recém-saído da República da Espada (1894) para a República do Café-com-leite (1894-1930), sob o domínio político das oligarquias rurais de São Paulo e Minas Gerais. Em vários estados brasileiros havia grande tensão, inclusive revoltas populares devido a injustiças sociais:
Ø  Guerra de Canudos (1893-1897), na Bahia.
Ø  Revolta contra a vacina obrigatória (varíola), em 1904, e a Revolta da Cibata (marinheiros contra castigos corporais), em 1910, no Rio de Janeiro.
Ø  Fanatismo religioso no Ceará, em torno do Padre Cícero (1913-1914).
Ø  Guerra do Contestado (entre posseiros e tropas do exército), no período de 1913 a 1915, em Santa Catarina.
Ø  Greves operárias em São Paulo
            Além disso, não podemos deixar de lembrar a ocorrência da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que abalou o mundo todo.
Características principais
            É a partir do Pré-Modernismo que aparece uma literatura mais engajada, preocupada em apresentar uma visão mais crítica do ambiente sócio-cultural brasileiro.  Como em todo período de transição, encontramos também elementos dos últimos movimentos literários, sobretudo realistas/naturalistas e parnasianos.
            Além do ambiente social urbano, vamos encontrar, nos romances do período, uma exploração da problemática do sertanejo e do imigrante, sobretudo.
            Os principais romancistas desse momento foram Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha e Monteiro Lobato. Na poesia destacou-se Augusto dos Anjos.
SÉCULO XX: NOVAS TENDÊNCIAS ARTÍSTICAS NA EUROPA
            A expressão artística busca novos caminhos, de preferência sem muitas regras e teorias.
            Na verdade, antes da I Guerra Mundial, alguns autores brasileiros que tiveram a oportunidade de ir à Europa conheceram novas orientações, se bem que não muito bem definidas, da arte. O que ficava claro, no entanto, era que se buscava maior liberdade, desvinculação do passado e renovação plena.             Nesse movimento vanguardista sobressaíram as seguintes tendências:
Futurismo
            Lançado por Marinetti no Manifesto Futurista puplicado pelo Le Figaro da França, o Futurismo pregava basicamente o seguinte, resumindo-se o conteúdo de cerca de trinta manifestos publicados entre 1909 e 1919;
Ø  Libertação da palavra, através da destruição da sintaxe.
Ø  Abolição da pontuação para evitar pausas que impediriam a velocidade desejada.
Ø  Valorização do substantivo, eliminando-se modificadores como o adjetivo, que impediriam a objetividade.
Ø  Poesias como meio de exprimir revoltas, sem medo.
Ø  Movimento, dinamismo, com negação do passado, que lhes parecia algo inerte.
Ø  Agressividade.
Ø  Exaltação da guerra como meio de “higienizar” o mundo.
Ø  Uso de verbos no infinitivo, para que ele em si transmitisse a ausência de limites no universo, o “infinito”.
Cubismo
            O Cubismo foi um movimento ligado basicamente à pintura – destacando-se Picasso -, tendo acontecido também na poesia do francês Guillaume Apollinaire.

Características principais
Ø  Exotismo;
Ø  Humor, sobretudo na literatura;
Ø  Valorização das formas geométricas, em função da necessidade de apresentar de modo fragmentado o objeto. Na literatura, isso se dá através de uma exposição ilógica das idéias,
Dadaísmo
            O primeiro dos sete manifestos dadaístas foi de autoria do romeno Tristan Tzara (1896-1963).
Suas bases eram:
Ø  Contra todas as ordens e valores estabelecidos;
Ø  Liberdade de criação; falta de lógica, na tentativa de criar uma nova linguagem.
Surrealismo
            Apresentando elementos do Dadaísmo e do Futurismo, o Surrealismo aparece em 1924, com o poeta francês André Breton. Teve representantes também na pintura destacando-se Salvador Dali.

Características
Ø  Traz o negativismo e a descrença nas  ordens estabelecidas, sentimentos provocados pela I Guerra Mundial;
Ø  Expressão do mundo interior, valorizando a inspiração;
Ø  Abandono da lógica, já que se deveria dar vazão ao mundo do subconsciente e do incosciente;
Ø  Valorização do sonho, em que a realidade palpável e não-palpável se fundem.